Ponte leva duas bolas na trave, segura pressão e bate o Flamengo em Campinas

Guerrero em ação contra a Ponte Preta, em Campinas, pelo Brasileiro

O Flamengo martelou, rondou a área, colocou duas bolas na trave com Guerrero e Sheik. Mas o que vale, no futebol, é bola na rede. E com um gol do zagueiro Pablo, de cabeça, a Ponte Preta venceu o time carioca por 1 a 0.

Com o resultado, o time de Campinas ultrapassou os cariocas na tabela, chegando a 22 pontos, em 10º lugar. O Flamengo caiu uma posição, permanecendo com 20 pontos, em 13º lugar.

Na quarta-feira, o Flamengo volta a campo e recebe o Atlético-PR, às 19h30, no Maracanã. Já a Ponte Preta encara o Avaí, no Moisés Lucarelli, na quinta-feira, às 19h30.

O jogo

A partida começou de forma bem parelha no Moisés Lucarelli. A Ponte Preta confiava nas jogadas pelas pontas, principalmente com Biro Biro pelo lado esquerdo, nas costas de Pará, e aproveitando Borges como pivô no centro do gramado. Com seis minutos, Fernando Bob achou Biro Biro dentro da área, pela esquerda. César saiu bem do gol e bloqueou o cruzamento de Bob.

O Flamengo, inicialmente, esperou a Ponte para buscar contra-ataques. Com quatro minutos Sheik já havia dado a tônica: arriscar chutes de longe. Ele assustou Lomba com um chute seco, que passou por cima do gol. A partir daí, o jogo se inverteu. O time carioca passou a ter mais posse de bola, trocar passes. A Ponte se retraiu, tentando se segurar em seu campo e sair no contra-ataque.

A dificuldade de infiltração era grande, mas o Flamengo passou a ser incisivo. Aos 26 minutos, Guerrero cabeceou na trave direita de Lomba após cobrança de escanteio. Os rubro-negros eram melhores, pressionavam.

Com 41 minutos, Jorge passou pela esquerda e rolou para Everton. O meia-atacante tocou para Emerson Sheik, que girou na área, pela esquerda e bateu forte, mas a bola explodiu na trave de Lomba. No rebote, Guerrero acabou travado. No sufoco, a Ponte Preta conseguiu manter o empate sem gols até o intervalo.

No segundo tempo, Cristóvão Borges decidiu modificar a equipe. Sacou Alan Patrick, que cumpria bom papel na movimentação de meio de campo, e colocou Luiz Antonio, um volante.

O time teve mais marcação no meio, mas diminuiu o poder de criação. Logo com três minutos, Everton lançou Guerrero pelo meio, entre os zagueiros. Cara a cara com Lomba, o peruano bateu mal, de perna canhota, no meio do gol. Lomba espalmou para escanteio.

O Flamengo tinha mais posse de bola, mas piorou na articulação do ataque sem Alan Patrick. Ainda assim, teve boas chances. Aos 12 minutos, Jorge fez linda virada de jogo da esquerda para a direita e achou Luiz Antonio dentro da grande área. O volante matou a bola, ajeitou o corpo e bateu forte, de peito de pé, com curva. A bola não pegou o efeito necessário, mas passou perto da trave direita de Lomba, que nem se mexeu.

O time rubro-negro era superior, muito pela presença de Jorge. Em grande tarde, o garoto passou como quis por dois defensores com 16 minutos e cruzou rasteiro. No pé da trave, Sheik, dividindo com o zagueiro, tocou para fora.

E quem não faz, leva. Com 25 minutos, Biro Biro cobrou escanteio na área rubro-negra. Wallace não acompanhou Pablo, que subiu e cabeceou. A bola ainda desviou em Márcio Araújo antes de entrar no gol. 1 a 0.

O gol deixou o Flamengo mais afoito. Surpreendido com o gol sofrido, o time se lançou ao ataque. Cristóvão Borges lançou Gabriel na vaga de Márcio Araújo, deixou o time mais aberto. O Flamengo pressinou, acionava as pontas, cruzava bola na área. Guerrero, marcado muitas vezes com força desproporcional, se irritou. Reclamou e levou o terceiro cartão amarelo, ficando suspenso para a partida seguinte, contra o Atlético-PR.

Sem fôlego, o Flamengo passou a tropeçar nas tentativas de ataque. A Ponte segurou o resultado. E como diz a canção, bola na trave não altera o placar. O Flamengo teve duas. A Ponte mandou uma na rede e levou a vitória.

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