A vizinha que disse ter visto duas pessoas — entre elas, um policial militar fardado — pularem o muro da casa do casal de PMs Andreia Bovo Pesseghini e Luís Marcelo Pesseghini, encontrados mortos na última segunda-feira (5), em São Paulo, irá depor na próxima semana, diz o delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Segundo a vizinha, o PM teria pulado o muro da casa, por volta das 12h, e dito que todos estavam mortos. Porém, a polícia só atendeu a ocorrência no fim do dia.
— Ele falava que ele entrou na casa e viu todo mundo morto. E saiu. Só que daí, eles saíam e não veio ninguém. Só às sete horas da noite que veio aparecer alguém.
Segundo a polícia, a corporação só foi notificada após as 18h de segunda-feira.
O delegado acredita que ela tenha feito uma confusão em relação ao horário pois, de fato, um soldado da Polícia Militar foi até a residência do casal duas vezes naquele dia. Na primeira, pela manhã, o PM foi até o endereço da Brasilândia para checar por que o cabo Andreia tinha faltado do trabalho.
— Ela deve estar enganada de horário, mas a gente vai comprovar tudo. Porque o PM esteve lá realmente, foi lá duas vezes porque a Andreia tinha faltado do serviço e ele foi procura-la. Ele não viu nada estranho na primeira vez, mas na segunda, sim.
A segunda visita à casa foi por volta das 17h e, segundo o delegado, o PM encontrou a porta aberta e viu os corpos de Andreia; do marido, Luís Marcelo; do filho deles, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini; da avó, Benedita Oliveira Bovo; e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva.
De acordo com Franco, foi o soldado da PM que visitou a casa, às 17h, quem chamou a polícia para fazer a ocorrência. Até então, as informações divulgadas eram de corpos tinham sido encontrados depois que um parente sentiu falta de uma das senhoras. Para as polícias Civil e Militar, o autor do crime foi o filho do casal.
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