O Palácio do Planalto vai trabalhar para preservar o ministro Fernando Bezerra (Integração), como forma de não ampliar o saldo de ministros que deixaram o governo Dilma Rousseff - sete até agora. A orientação para blindá-lo tem dois pressupostos: a tentativa de resistir ao que é considerado pelo governo como uma campanha para derrubá-lo, às vésperas da reforma ministerial, e o temor do desgaste com o PSB, partido do ministro. Cogita-se que, no limite, a troca empurraria o partido, comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para fora da coalizão de Dilma.
Petistas temem que Eduardo Campos seja candidato à Presidência da República já em 2014. Por isso, não querem fortalecê-lo com cargos nem volumosos repasses. Trata-se, portanto, de um terreno espinhoso para Dilma. Isso porque o PSB, apesar das pretensões nacionais, tem se colocado como alternativa de poder no Congresso, o que a deixa menos refém do PMDB, hoje a maior força aliada ao PT.
A influência do PSB aumentou depois que Campos selou uma aliança com o PSD de Gilberto Kassab. Na linha de mover esforços na defesa de Bezerra, Dilma ordenou que Miriam Belchior (Planejamento), procurasse jornais para afirmar que o colega não havia privilegiado Pernambuco em verbas de prevenção às chuvas.
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