Governo prorroga Campanha do Desarmamento até 2012

          O destaque, neste ano, foi o grande número de armas pesadas entregues - a maior parte no Rio de Janeiro. Só fuzis foram 95.

          Pode ser no trânsito, numa discussão de vizinhos, dentro do bar, nas favelas, nos bairros nobres, pode ser em qualquer lugar. Por dia, as armas de fogo matam 94 pessoas no país.

          Desde que a campanha do desarmamento começou, em 2004, 570 mil armas já saíram de circulação. Foram 37 mil só esse ano. Além de 150 mil munições.

          Os revólveres são os mais comuns - de todos os tamanhos e modelos. Há também espingardas de colecionadores. Mas a surpresa foi a quantidade de armamento pesado - a maior parte no Rio de Janeiro. Só fuzis foram 95.

          “Alguns fuzis, inclusive - relatos que nós temos -, foram esquecidos ali, deixados para trás. Na recuperação do espaço territorial ali no Complexo do Alemão, etc. Algumas pessoas sabiam onde estavam e devolveram e receberam a indenização de R$ 300”, relata Luiz Paulo Barreto, secretário executivo do ministério da Justiça.

          O estado com o maior número de armas devolvidas foi São Paulo: 9.994; em segundo, Rio Grande do Sul: 4.599; depois, Rio de Janeiro: 3.918; e em quarto lugar, Minas Gerais: 3.033.

          Mas, quando se compara o número de armas entregues por grupo de 100 mil habitantes, a ordem muda. O Rio Grande do Sul lidera em número de devoluções, seguido de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo.

          O Governo decidiu prorrogar a campanha até 2012. A lista dos locais de entrega está no site do Ministério da Justiça.

          O conselho é que a pessoa, antes de trazer a arma, pegue uma guia para poder transportá-la, o que pode ser feito pela internet. Na hora da entrega, não precisa se identificar, apresentar nenhum documento. E já sai com um protocolo para retirar a indenização, que varia de R$ 100 a R$ 300. O pagamento é feito pelo Banco do Brasil.

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