Zico lamenta ‘círculo vicioso’ da eleição da CBF e situação de atletas no país

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na qual anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da Fifa, Zico exigiu que as mudanças sejam estendidas à CBF. De acordo com o ex-jogador, a política da Confederação Brasileira de Futebol está em um formato engessado:
- São muitos vícios. No atual sistema de votação, é mais difícil de se candidatar. São 27 federações, tem de conseguir apoio de pelo menos oito!
O Galinho mostrou ter dúvidas quanto à integridade de Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF:
- Tivemos pouco contato. Mas ele estava sempre ao lado de (José Maria) Marin. Acho difícil ele não saber de tudo o que aconteceu. Posso estar cometendo um erro. E essa amizade não se dilacerou com a prisão de Marin. Mas, desde o momento que não haja denúncias à CBF ou a ele, não vejo motivo para que o Del Nero renuncie.
O ex-jogador lamentou que não haja pessoas com vivência de futebol ocupando cargos na confederação:
- Onde estão pessoas que já contribuíram para o futebol durante anos? O Zagallo podia ser importantíssimo para coordenar algum cargo, um Pelé então, nem se fala.
Zico também lamentou a postura passiva dos clubes diante do panorama do futebol nacional:
- O silêncio é constrangedor! Porque eles deviam ter voz ativa na CBF, e não ficar em silêncio.
O Galinho também elogiou movimentos como o Bom Senso FC. Mas não escondeu sua tristeza diante da situação de jogadores em atividade no país:
- Lamento bastante. Fico pensando se devo ou não defender essas situações, se os jogadores estão a fim. Há silêncio de muitos, jogadores que estão na Seleção Brasileira, ficam quietos. Eu fiquei feliz com o Bom Senso FC, mas o que me preocupou é que alguns estavam deixando de jogar, ou eram tirados do time. Tem de ter personalidade, porque é dar a cara a tapa.
Fonte: Lance

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