Ao invés de levar projeto político para o estado, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, libera recursos para a realização de obras estruturadas em Pernambuco. A informação é da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e do Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicato), que saem em defesa do representante do primeiro escalão da presidente Dilma Rosseuf, afirmando que a iniciativa visa uma definitiva solução aos problemas sazonais das enchentes na Zona da Mata Sul pernambucana.
De acordo com a nota das entidades de classe dos fornecedores de cana de Pernambuco, publicada em jornais de Pernambuco, o ministro está sendo criticado injustamente. "[Só critica] quem não conhece sua história de homem público, competente e honesto, em toda sua trajetória política em nosso estado”, diz o material.
Segundo a associação, também critica quem não conhece os repetidos problemas das enchentes na Mata Sul, ou quem não sabe que Bezerra Coelho acompanhou de perto o sofrimento das famílias dos nordestinos nos municípios afetados pelas enchentes de 2010. A nota destaca ainda a sensibilidade do ministro para realizar planos eficazes que também podem ajudar os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, dentre outros.
“Ao invés de levar projeto político, ele leva solução definitiva como praticou aqui em Pernambuco”, diz a nota, fazendo alusão aos recursos liberados para a construção de barragens no estado, estas, vale ressaltar, que resolvem efetivamente o problema das enchentes em período chuvoso. O material também estimula o cidadão a pensar nas enchentes passadas e qual a melhor medida para sanar o problema realmente. "O melhor remédio sempre será a prevenção”, diz o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima.
Recife, a capital pernambucana, sempre sofreu com o fenômeno das cheias. A "grande cheia" dos rios Capibaribe, Beberibe e afluentes inundou 70% da cidade em 1975, período em que o então presidente Ernesto Geisel visitou as áreas atingidas. Na época, ele perguntou aos técnicos qual seria a solução para evitar outras catástrofes. A resposta foi apenas uma: "a construção de três barragens no Rio Capibaribe e afluentes".
“Passado o tempo, a história se repete”, diz Andrade Lima. O dirigente lembra que, em 2010, os rios Sirinhaém, Ipojuca e Una quase destruíram os municípios de Barra de Guabiraba, Cortês, Palmares, Água Preta, Barreiros e Primavera - todos na Mata Sul pernambucana. O ex-presidente Lula sobrevoou a mesorregião e os técnicos do Governo do Estado entregaram-no projeto semelhante ao que foi feito para acabar com as cheias em Recife. Assim, foi autorizado pelo então presidente a liberação de recursos necessários para construção das barragens nos referidos rios, visando, como em Recife, a definitiva resolução do problema das cheias nestas cidades. Na época, Fernando Bezerra Coelho era secretário do Desenvolvimento Econômico do estado.
Dessa forma, na opinião da AFCP e do sindicato, nem o ministro nem Pernambuco devem ser penalizados pelo investimento dos recursos do Governo Federal para a construção de obras que efetivamente vão solucionar os problemas sazonais das enchentes. "A competência do estado, no qual elaborou os projetos, não pode ser penalizado, pelo contrário”, diz Lima, queixando da politização do tema. Ele ressalta que os técnicos que elaboraram os projetos para viabilizarem estas obras de prevenção, bem como Pernambuco, o Governo do Estado e o ministro da Integração são sim, dignos de elogios pela competência.
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