Mal foi lançado pela presidente Dilma Rousseff, o programa Melhor em Casa, que prevê atendimento médico domiciliar para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), já foi visto com ressalvas por integrantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Para o conselheiro Francisco Batista Junior, se o Ministério da Saúde não cobrar a aplicação correta dos recursos do programa pelos municípios e estados, o atendimento em casa se tornará “apenas uma proposta interessante” dentro de pouco tempo. Segundo Batista Júnior, o governo federal precisa impedir, por exemplo, que as secretarias locais contratem profissionais terceirizados para prestar o serviço, o que, para o conselheiro, ameaçaria a qualidade e a implantação do programa.
Ele defende a capacitação de médicos e outros funcionários da própria rede do SUS para integrar as equipes do Melhor em Casa. Ele afirma que não há profissional qualificado em número suficiente e que a tendência natural é terceirizar, contratar precariamente. Para ele, o risco dos municípios pegar o dinheiro repassado pelo Ministério da Saúde para contratar uma empresa privada que contratará as equipes para o atendimento domiciliar é enorme.
No Melhor em Casa, o dinheiro para custear as equipes será repassado pelo Ministério da Saúde e a contratação dos profissionais será responsabilidade dos municípios e estados. O governo federal vai dispor de R$ 1 bilhão para financiar mil equipes e 400 grupos de apoio até 2014. Até o final deste ano, serão repassados R$ 8,6 milhões.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que preside o conselho, disse hoje (10) que a pasta exigirá o cadastro atualizado mensal das equipes do programa para evitar fraudes.(Com informações/foto da Agência Brasil)
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