O vício em drogas é uma doença que prejudica não só o dependente: atinge a família e tem consequências para a sociedade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no Brasil, o índice é de 3% de dependentes na população geral, ou seja, 6 milhões de brasileiros.
De acordo com a médica Rafaela Pacheco, o uso de entorpecentes está relacionado a experiências anteriores. “Isso interfere tanto na relação desse com ele próprio, com o trabalho e também com a família. A questão do usuário de drogas precisa ser entendida como uma coisa complexa, maior, e que diz respeito a muitas outras pessoas além do usuário de droga”, diz.
Segundo ela, o ser humano busca nesses “paraísos artificiais” a cura momentânea para os problemas. “O uso da droga é milenar, elas existem não é de hoje nem de ontem. É a essência da humanidade sair um pouco de si, da realidade. A própria construção social faz com que a gente tenha uma necessidade de fuga dos nossos problemas. Não se entra nessa situação porque é fraco, mau ou pior do que alguém. Enquanto sociedade, a gente precisa discutir essa entrada, quais são as nossas estratégias para garantir que essas pessoas tenham escolhas, que elas saiam disso uma vez que elas desejem”, explica.
Narcóticos Anônimos - Quem busca apoio para se livrar da dependência das drogas pode contar com um dos 18 grupos dos Narcóticos Anônimos (NA) que existem em Pernambuco. Lá, os usuários se reúnem para compartilhar experiências e discutir formas de como se livrar do vício.
“Temos reuniões diárias, temos outros serviços que prestamos à sociedade também, em hospitais e instituições. Nós levamos mensagens de recuperação a pessoas que estão hospitalizadas e não podem ter acesso às nossas reuniões”, diz um dos membros do NA, que prefere não ser identificado.
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