A simpatia mútua entre Arraes e Fidel Castro

A simpatia mútua entre Arraes e Fidel CastroO líder revolucionário Fidel Castro, que faleceu na sexta-feira (25), colecionou vários aliados partidários da esquerda durante sua longa vinda política. Dos personagens da vida pública de Pernambuco, ele teve contatos mais estreitos com uma das lideranças das Ligas Camponesas, Francisco Julião, que chegou a executar treinos de táticas de guerrilha em Cuba, e o ex-governador Miguel Arraes.

Além da simpatia pelo ideal da esquerda, Miguel Arraes executou, no seu terceiro Governo em Pernambuco, já no final da década de 90, várias caravanas culturais para Cuba.

“Os estudantes de Pernambucano estudavam medicina em Cuba. No Brasil, Pernambucano se destacou como um dos locais que teve mais pessoas formadas em Medicina em Cuba, por conta dessa relação que teve entre o governo de Arraes com o governo cubano. Tinha uma facilidade, uma simpatia mútua, e essas relações de troca. Vários técnicos cubanos estiveram aqui para participar de projetos de pesquisas na questão da produção de açúcar”, explicou o presidente do Arquivo Estadual do Arquivo Público, Evaldo Costa, que também foi secretário de imprensa de Miguel Arraes.

Segundo o Instituto Miguel Arraes, quando houve o falecimento de Arraes, Fidel Castro mandou uma coroa de flores para seu sepultamento e uma carta pessoal para a sua família. O embaixador cubano no Brasil esteve presente no funeral do ex-governador.

Uma das peças de significado histórico que consta no Instituto Miguel Arraes (IMA) é uma caixa de charutos personalizada, “Do comandante Fidel Castro ao presidente do Chile Salvador Allende”, que foi um presente de Fidel Castro ao presidente chileno Salvador Allende. Arraes esteve com Allende um pouco antes da sua morte.

De acordo com a viúva do eterno líder do PSB, Magdalena Arraes, Allende não fumava e presenteou tal caixa de charutos ao ex-governador, cuja peça consta no acervo do Instituto. Arraes fumou alguns charutos e ao saber da morte de Salvador Allende deixou alguns exemplares dos charutos na caixa.

Por: Alex Ribeiro / FolhaPE

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