Suspeito de ataque na França compartilhou ‘selfie’ com cabeça da vítima

Yassin Salhi, de 35, suspeito de decapitar um empresário antes de cometer um atentado na região de Lyon (centro-leste da França), enviou um “selfie” com a cabeça da vítima – disseram neste sábado fontes próximas ao caso, confirmando a notícia de uma rede de televisão francesa.
A foto foi enviada através do aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp para um número de telefone canadense, relatou uma dessas fontes.
O porta-voz do ministro canadense da Segurança Pública, Steven Blaney, anunciou que o Canadá está colaborando com a França neste caso.
“Embora não possa comentar os aspectos operacionais da Segurança Nacional, posso dizer que estamos ajudando as autoridades francesas em sua investigação”, resumiu o porta-voz Jean-Christophe de Le Rue.
A localização do contato de Yassin não foi estabelecida, completou outra fonte, advertindo que este destinatário pode ser apenas um número de passagem para outro telefone.
Os investigadores se esforçarão para recriar o trajeto dessa foto para identificar seu destinatário, na França, ou no exterior.
A necropsia de Hervé Cornara, de 54 anos, foi realizada neste sábado, com o objetivo particular de verificar se o cadáver foi decapitado antes ou após a morte da vítima. Os primeiros resultados não foram conclusivos.
Yassin Salhi começou a trabalhar este ano na empresa de transportes de Cornara.
Ao volante de caminhonetes da empresa, Salhi se dirigia regularmente à fábrica de gás do grupo americano Air Products, em Saint-Quentin-Fallavier, na mesma região, onde é suspeito de ter cometido um atentado depois de promover a exibição macabra da cabeça de sua vítima. Os funcionários o conheciam, razão pela qual pode ter entrado no local sem gerar desconfiança.
Segundo uma fonte próxima ao caso, que também confirma outra informação divulgada pela emissora de televisão, a mulher do empresário assassinado o viu pela última vez pouco depois das 7h30 locais (2h30 de Brasília), em sua empresa de transportes na localidade de Chassieu, no departamento do Rhône.
Ela cruzou com Salhi pouco antes de constatar que seu marido não estava mais lá.
A prisão provisória de Yassin Salhi foi prorrogada, assim como a de sua mulher e de sua irmã, também detidas na sexta-feira. Em casos envolvendo acusações de terrorismo, esse tipo de detenção pode ser estendida por até 96 horas.
Fonte: AFP

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