Nepal: sobreviventes relatam momento de terror em avalanche

Quando Khile Serpa abriu os olhos, a neve em sua volta não era branca e sim bem vermelha, encharcada do sangue que escorria dos vários cortes de seu corpo após a avalanche que o atingiu em cheio em acampamento no Monte Everest, por volta do horário de almoço do último sábado (25). Khile foi um dos 15 sobreviventes que foram transportados do Everest até a capital do Nepal, Catmandu, depois que um forte terremoto atingiu o Nepal um dia antes matando mais de 2.460 pessoas, sendo pelo menos 17 delas na avalanche que balançou o cume mais alto do planeta.
“Foi um som monstruoso, como se demônios tivessem descido das montanhas”, disse Khile à Reuters, com uma bandagem que cobria metade de seu rosto.
Como centenas de outras vítimas do terremoto, o rapaz de 20 anos estava esperando por tratamento do lado de fora do superlotado hospital da Faculdade de Medicina de Catmandu.
O guia montanhista recordou do momento em que ele havia acabado de servir almoço a um grupo de alpinistas estrangeiros em um acampamento na altitude, quando ele ouviu o rugido vindo da encosta. Segundos depois, uma vasta nuvem de neve e pedregulhos tomou o lugar de assalto e ele permaneceu desmaiado por, estima Khile, cerca de uma hora.
Um time de médicos o encontrou sangrando na neve com um ferimento na cabeça. Khile recebeu uma bandagem e foi levado para ser abrigado em uma barraca pertencente a um grupo de excursão chamado Seven Summit.
Khile era um dos cerca de 1 mil alpinistas e guias sherpa no Everest quando a primeira avalanche atingiu-os e consolidou este que é o maior desastre na montanha mais alta do mundo.
Fonte: AFP

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