A Polícia Federal considera que Henrique Pizzolato está foragido. O nome dele foi lançado na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional, neste sábado (16). As informações sobre a fuga foram repassadas a um sistema chamado “Difusão Vermelha”, um alerta que vai para 188 países com um mandado de prisão. As buscas por Pizzolato também continuam dentro do Brasil, conforme mostrou o Jornal Nacional.
O advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, defensor de Henrique Pizzolato, afirmou à Polícia Federal neste sábado que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil está na Itália. Em telefonema para o delegado Marcelo Nogueira por volta de 11h40, Cavalcante disse que, ao chegar à casa do seu cliente, em Copacapana, no Rio de Janeiro, foi informado por familiares que ele tinha viajado para o país europeu.
Pizzolato enviou uma carta, divulgada pelo então advogado dele Marthius Sávio, em que justifica sua saída do país e diz que quer novo julgamento na Itália. Em seguida, o advogado informou que não representa mais o ex-diretor do Banco do Brasil.
Governo brasileiro pode pedir extradição
A reportagem do Jornal Nacional conversou na Itália com advogados sobre a intenção de Pizzolato de pedir um novo julgamento no país. Parece difícil que a Justiça italiana possa dar um novo julgamento ao ítalo-brasileiro Henrique Pizzolato. A opinião é de advogados que explicam que, pela lei, a Itália só julga um crime cometido no exterior quando houver um dano ou interesse para a própria Itália.
A reportagem do Jornal Nacional conversou na Itália com advogados sobre a intenção de Pizzolato de pedir um novo julgamento no país. Parece difícil que a Justiça italiana possa dar um novo julgamento ao ítalo-brasileiro Henrique Pizzolato. A opinião é de advogados que explicam que, pela lei, a Itália só julga um crime cometido no exterior quando houver um dano ou interesse para a própria Itália.
Se o governo brasileiro pedir a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, os especialistas consideram que também será difícil que o governo italiano conceda. A Itália não entrega um réu ao seu país de origem se ele possui a cidadania italiana.
Em um caso semelhante, do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, condenado no ano 2000 por peculato e gestão fraudulenta, o governo italiano negou a extradição. Ele foi encontrado em novembro daquele ano em um prédio no bairro de Prati em Roma. O ex-banqueiro foi preso quase sete anos depois, porque saiu da Itália para passear com a namorada no principado de Mônaco. Detido pela Interpol, ele foi extraditado para o Brasil, onde cumpre a sua pena.
A embaixada do Brasil na Itália não quis se manifestar sobre a fuga de Henrique Pizzolato. O embaixador Ricardo Neiva Tavares, através de seu secretário de plantão, afirmou que não recebeu até agora nenhuma informação ou solicitação oficial sobre o assunto.
Delegado vê saída ‘clandestina’
Henrique Pizzolato é o único dos 12 condenados do processo do mensalão que tiveram os mandados de prisão expedidos na sexta-feira (15) que ainda não se apresentou à polícia. A pena total dele é 12 anos e 7 meses, tendo sido condenado pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O STF negou o último recurso possível e decidiu que, para Pizzolato, o processo do mensalão terminou. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
Henrique Pizzolato é o único dos 12 condenados do processo do mensalão que tiveram os mandados de prisão expedidos na sexta-feira (15) que ainda não se apresentou à polícia. A pena total dele é 12 anos e 7 meses, tendo sido condenado pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O STF negou o último recurso possível e decidiu que, para Pizzolato, o processo do mensalão terminou. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
O delegado Marcelo Nogueira explicou que o réu saiu do Brasil de forma clandestina, uma vez que seu nome estava na lista de procurados impedidos de deixar o país. Apesar da cidadania e do passaporte italiano, ele não teria conseguido sair do país usando seu nome. Agora, de acordo com o delegado, cabe ao Ministério da Justiça pedir a extradição judicial do condenado.
A Polícia Federal do Rio de Janeiro aguardava a apresentação de Pizzolato na manhã deste sábado, uma vez que havia um acordo por parte do advogado de que apresentaria o réu. Na sexta à noite, agentes da PF foram ao endereço de Pizzolato para cumprir o mandado, mas não o encontraram.
Fonte: Jornal Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário