Professores de cursinhos elogiaram no começo da noite deste sábado as provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo os especialistas consultados pelo Terra, as 90 questões de Ciências Humanas e de Ciências da Natureza apresentaram nível de dificuldade “acessível” e foram bem-elaboradas. O destaque para esta edição, segundo eles, foi o maior grau de exigência para os conteúdos do ensino médio, aproximando o exame dos vestibulares tradicionais.
“A prova de hoje consolida a tendência que a gente já vinha observando em edições anteriores, de cobrar mais conteúdos, aproximando o Enem dos vestibulares. Antes, lendo o enunciado o candidato já conseguia responder, agora precisa do conteúdo. Para quem faz tempo que não estuda, encontrou dificuldade”, disse Célio Tasinaso, diretor-pedagógico do Cursinho Oficina do Estudante.
De acordo com os professores do Cursinho da Poli, que fazem a correção comentada de todas as questões do exame em parceria com o Terra, o Enem também reforçou a postura de cobrar dos estudantes que relacionem os conteúdos aprendidos na escola com as experiências do cotidiano. “Claramente o Enem firma uma tendência, o que é muito bom, de exigir um aluno leitor e estudioso, que precisa saber o conteúdo do ensino médio, mas também relacionar isso com o mundo em que ele vive”, afirmou o diretor do Cursinho da Poli, Gilberto Alvarez.
Ciências Humanas
De acordo com o professor de Ciências Humanas da Poli Elias Feitosa, a prova de Ciência Humanas manteve a análise de eventos contemporâneos, abordando as temáticas da mulher, da homossexualidade, da reforma agrária e dos movimentos populares. ”Poucas questões exigiam um conhecimento específico para verificar se o candidato estudou determinado conceito”, disse.
De acordo com o professor de Ciências Humanas da Poli Elias Feitosa, a prova de Ciência Humanas manteve a análise de eventos contemporâneos, abordando as temáticas da mulher, da homossexualidade, da reforma agrária e dos movimentos populares. ”Poucas questões exigiam um conhecimento específico para verificar se o candidato estudou determinado conceito”, disse.
A crítica nesta edição foi para o número de questões envolvendo a cultura africana nas questões de história. Foram cinco perguntas, o que corresponde a 10% da prova de Ciências Humanas (que tem 45 perguntas). “É muito para uma prova que poderia ser mais abrangente. Mas não tem nenhuma questão com erro conceitual, nada de estranho”, afirmou o professor Daly de Matos Oliveira, do cursinho Objetivo.
A professora de geografia Vera Lucia da Costa Antunes, do Objetivo, concordou com a análise de que a prova focava nos conteúdos do ensino médio. “As questões exigiam conhecimento do aluno, só lendo o enunciado ele (candidato) não chegava a resposta”, afirmou, ao reforçar a opinião de que o Enem se aproxima dos exames com maior nível de exigência. “É o Enem no padrão dos grandes vestibulares. (Prova) muito bem feita, mas não foi simples, exigiu boa leitura”, argumentou.
Ciências da Natureza
O professor de química Joel Pontim, do Cursinho da Poli, disse que ficou muito satifesito com a prova de Ciências da Natureza, já que abordou os principais conteúdos do ensino médio relacionados com a prática do dia a dia. “Para quem tem esse hábito de estudo de relacionar o conteúdo com a prática foi muito bem”, comentou ao lembrar que o exame exigiu, por exemplo, que os alunos soubesse conteúdos como ondulatória para explicar por que é proibido usar o celular no avião.
O professor de química Joel Pontim, do Cursinho da Poli, disse que ficou muito satifesito com a prova de Ciências da Natureza, já que abordou os principais conteúdos do ensino médio relacionados com a prática do dia a dia. “Para quem tem esse hábito de estudo de relacionar o conteúdo com a prática foi muito bem”, comentou ao lembrar que o exame exigiu, por exemplo, que os alunos soubesse conteúdos como ondulatória para explicar por que é proibido usar o celular no avião.
Para o professor de química do cursinho Objetivo Sérgio Teixeira Bignardi, a prova estava um pouco mais difícil que no ano passado. “Em algumas provas anteriores, só pela leitura do texto o candidato conseguia se sair bem. Nesta prova não, tinha que saber os conceitos”. O professor de física do Objetivo Ricardo Doca lembrou que não houve privilégios de conteúdos e as formulação estavam bem feitas. “Não há muitos cálculos, é prova mais conceitual, mas que classifico como irretocável”, disse.
Lásaro Henrique, professor do Sistema Ari de Sá, afirma que a parte de biologia estava mais enxuta nesta edição. Ele disse que, em média, eram 18 questões, e agora passou para 15, na maioria bem simples. “Na parte de Ciências da Natureza, química e física tinham maior nível de exigência”, afirmou. - Fonte: Terra
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