Papa nomeia novo secretário de Estado do Vaticano

O papa Francisco fez neste sábado a indicação mais importante de seu pontificado, nomeando um veterano diplomata como secretário de Estado do Vaticano. A indicação do arcebispo Pietro Parolin, de 58 anos, coloca um fim na era do cardeal Tarcisio Bertone, de 79 anos, desgastado pelo vazamento de documentos do Vaticano em que foi acusado de má gestão e de abuso de poder.
O novo secretário de Estado é um homem especializado em diplomacia, com experiência na Cúria. Nasceu na cidade de Schiavon, na região do Vêneto, no norte da Itália, em 1955, e foi ordenado sacerdote em 1980. Foi vice-ministro de Relações Exteriores do Vaticano de 2002 a 2009, quando Bento XVI o nomeou núncio (embaixador) na Venezuela.
A escolha do Papa de seu secretário de Estado define o tom da administração central do Vaticano, além das missões diplomáticas ao redor do mundo. O cargo tem tal relevo que seu ocupante é considerado uma espécie de ‘vice-papa’.
Em nota oficial, o escritório de imprensa do Vaticano comunicou que o papa aceitou a renúncia de Bertone, por muitos anos o braço direito de Bento XVI, mas que ele permanecerá em seu cargo até 15 de outubro, quando Parolin tomará posse.
Bertone também continuará a presidir a comissão de cardeais à frente do IOR, o Banco do Vaticano, até a conclusão do estudo exigido a esta instituição financeira pelo Moneyval, o órgão do Conselho Europeu que avalia a transparência das entidades. O até agora poderoso secretário de Estado também ocupará até completar 80 anos o cargo de camerlengo, responsável por guiar a Igreja no período de Sé Vacante, ou seja, após a morte do papa e até a eleição de seu sucessor.
O Vaticano também comunicou as primeiras palavras do novo secretário de Estado: “Sinto viva a graça desta chamada, que de novo constitui uma surpresa de Deus em minha vida, e sinto toda a responsabilidade desta missão dura e exigente, perante a qual minhas forças são frágeis, e minhas capacidades, pobres. Por isso confio no amor misericordioso do Senhor”, escreveu Parolin. - Fonte: Veja Online

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