“Obama e Cameron subiram na árvore e não sabem como descer”, diz Síria

O embaixador da Síria na ONU, Bashar al-Jaafari, afirmou neste sábado que o presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro inglês, David Cameron, “subiram no topo da árvore e agora não sabem como descer”, informou a agência Sana. A declaração do embaixador faz referência ao ataque iminente à Síria, adiado graças à rejeição do parlamento britânico para a intervenção e ao anúncio feito por Obama neste sábado, afirmando que os Estados Unidos estão prontos para atacar o país, mas que buscará o apoio do Congresso americano.
Obama afirmou que vai pedir autorização do Congresso apesar de dispor de amplos poderes legais para tomar uma ação militar – atitude que defendeu no discurso de hoje. Ele já havia deixado claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar a administração síria pelo suposto ataque com armas químicas que teria sido levado a cabo pelo governo de Bashar al-Assad. No entanto, legisladores expressaram reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques, e o presidente afirmou que o apoio é importante para a democracia americana. A intervenção defendida pelo presidente americano ocorre porque o uso de armas químicas “representa um perigo à segurança nacional” e é “um assalto à dignidade humana”, nas palavras de Obama.
“Vou pedir autorização para o uso da força aos representantes da população americana no Congresso. Teremos debate e votação quando o Congresso retornar ao trabalho (no dia 9 de setembro, após recesso)”, disse o presidente americano em um pronunciamento no Jardim da Casa Branca acompanhado do vice-presidente, Joe Biden. “Estamos preparados para atacar quando quisermos”, disse o democrata.
Na quinta-feira, a Câmara dos Comuns do Reino Unido rejeitou a proposta preliminar do governo Cameron que abriria caminho para uma ação militar na Síria. A moção do governo a favor da ação militar na Síria foi derrotada pelos deputados por 285 votos contra e 272 a favor após mais de sete horas de deliberação. “Ficou claro para mim que o Parlamento britânico não quer ver uma ação militar britânica (na Síria). Eu compreendo isso, e agirei de modo a respeitar esta decisão”, disse Cameron logo após o anúncio do resultado, acatando o voto dos colegas. - Fonte: Terra

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