Governo reduz objetivo fiscal de superávit em 2014 para 2,1% do PIB

O governo federal baixou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014de 4,5% para 4%, conforme antecipou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao G1, e também reduziu de 2,3% para 2,1% do PIB o chamado “superávit primário” (economia feita para pagar juros da dívida pública) no ano que vem – possibilitando um aumento de gastos em ano eleitoral. Os números constam na proposta de orçamento federal de 2014 – que foi enviada hoje ao Congresso Nacional.
“A previsão de 4% é um parâmetro prematuro, porque estamos distantes de 2014. É uma meta ambiciosa com este cenário internacional problemático (…) Estaremos revendo estes números no início do próximo ano com mais realismo, pois estaremos mais próximos do fato”, declarou o ministro Mantega a jornalistas. Segundo ele, a previsão de 4%, embora seja ambiciosa, é possível – uma vez que os Estados Unidos e Europa começam a dar sinais de recuperação.
Meta fiscal ‘indicativa’
Em 2013, o objetivo fiscal de superávit primário para todo o setor público foi fixada em 2,3% do PIB, o equivalente a R$ 111 bilhões. Para o ano que vem, segundo a proposta da lei orçamentária, divugada nesta quinta-feira (29), o valor buscado será menor: 2,1% do PIB, o equivalente a R$ 109,4 bilhões.
O objetivo fiscal para 2014 representa, se implementado, o menor valor desde 2009 (quando o esforço fiscal somou 2% do PIB). Naquele ano, o governo revisou para baixo a meta para aumentar os gastos e combater os efeitos da crise financeira internacional – que explodiu em setembro de 2008 com a concordata do Lehman Brothers. - Fonte: G1

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