Amanda Figueroa, de 34 anos, mora em
Petrolina e é professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal
do Vale do São Francisco (Univasf), mas a lição que ela está dando é
sobre a violência contra a mulher. Na última sexta-feira (1º) ela quase
foi morta dentro de sua casa na frente da filha de apenas seis anos.
O inferno da vida de Amanda começou em
agosto de 2012, quando ela começou a namorar Teóclito de Souza Amorim,
de 35 anos. Depois de quase três meses de relacionamento, Teóclito
mostrou a Amanda a sua agressividade.
Ele nunca aceitou o fim do
relacionamento, por isso, sempre perseguiu a professora, que já havia
solicitado uma medida protetiva depois de algumas agressões. Mas o que
aconteceu neste final de semana em Petrolina mostra que nem sempre uma
medida protetiva é realmente eficaz.
Na última sexta, Amanda, sua filha e o
seu ex-companheiro (pai da criança), almoçaram juntos no Bodódromo. O
que eles não sabiam é que o ex-namorado de Amanda, Teóclito, os seguiram do
bairro Areia Branca até a casa dela. E logo depois de ver que ela havia
ficado sozinha com a filha, ele invadiu a casa de Amanda junto com suas
duas filhas.
Teóclito então invadiu o quarto de
Amanda, enquanto as suas filhas tentavam se proteger e ajudar a filha
dela. Ao sair do banheiro, ela foi covardemente agredida e as marcas
dessa violência estão no seu rosto e pescoço.
Com medo de morrer, Amanda fingiu um
desmaio, fato que fez Teóclito cessar as agressões. Em seguida ele mesmo
levou Amanda para ser socorrida no Hospital Neurocárdio, tentando se
desculpar pelo que fez. Quando Teóclito voltou à casa de Amanda para
pegar os documentos que ela havia esquecido propositalmente, a Polícia
foi acionada, o agressor foi preso em flagrante e encaminhado para o
presídio Dr. Edivaldo Gomes, por ser reincidente e desrespeitar a medida
protetiva em vigor que o impedia de se aproximar de Amanda.
Nesta segunda-feira (04), a secretária
da Mulher de Petrolina, Roseane Farias, visitou a vítima e garantiu que o
município fará o possível para atender aos anseios de Amanda. Para
Roseane o caso ainda não está encerrado. “Se ele não for punido, ela que
vai sofrer as conseqüências. Por isso, as autoridades não podem ser
omissas, pois se ele for solto, Amanda sofrerá risco de morte”, afirmou a
secretária.
Segundo Amanda, ela não é a primeira a
sofrer com as agressões, já que Teóclito já agrediu a ex-mulher e até a
própria mãe.
Blog Vinicius de Santana.
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