Agricultores de Parnamirim, no Sertão de Pernambuco, começaram a cercar áreas de reposição de mata ciliar que fazem parte do Projeto Riachos do Velho Chico. A iniciativa das ONGs Caatinga e Centro Sábia, com patrocínio da Petrobras Ambiental, tem como objetivo desenvolver ações comunitárias de recuperação e conservação dos recursos hídricos.
Para cercar todas as áreas, as famílias estão fazendo mutirões. Com a ação conjunta já foram cercados cinco quilômetros de área de mata ciliar conservada e recuperada ao longo das margens do Riacho Queimada. A meta é chegar a oito quilômetros até o fim de março. O trabalho está sendo desenvolvido nas comunidades rurais Riacho Queimada I e II, Arara, Rolo do Pau, Alvaçã e Dourado, todas na zona rural de Parnamirim.
A construção das cercas é uma das últimas etapas do projeto, que completa dois anos de execução, com o objetivo de revitalizar os Riachos Frazão, em Triunfo, e Queimada, em Parnamirim. Estes riachos integram o Rio Pajeú e o Rio Brígida, bacias hidrográficas importantes que abastecem o Rio São Francisco.
O transporte das mudas dos viveiros para as áreas que serão recuperadas é feito por veículos disponibilizados pela prefeitura do município, que também fez a doação de 30 mil sacos de polietileno para plantio de mudas e disponibilizou carros-pipa para abastecimento de reservatórios nas comunidades, a fim de que possa ser ofertada água para manutenção das plantas.
“Esse é um projeto-piloto que tem o objetivo de criar referenciais para recuperação de corpos hídricos. O grande desafio da humanidade não é o avanço tecnológico e sim a captação e armazenamento de água para abastecimento da população”, alerta o técnico responsável pelo projeto no Araripe, Ariagildo Vieira.
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