Em uma votação com a expectativa de participação de 120 milhões de eleitores, Obama registrava 50% dos votos populares (58.859.712 eleitores) contra 48% de Mitt Romney (56.554.391 votos) às 9h desta quarta-feira, com 303 votos no Colégio Eleitoral. Embora a apuração oficial ainda esteja em andamento em alguns estados, já é possível apontar onde o atual presidente recuou em relação à eleição de 2008.
Tradicional reduto republicano, a Carolina do Norte foi uma das surpresas da eleição de quatro anos atrás ao dar a vitória, mesmo que apertada, a Obama. Naquele pleito, o democrata venceu com 50% dos votos contra 49% o republicano John McCain. Neste ano, no entanto, Obama não conseguiu reimprimir o desempenho anterior e perdeu para o Mitt Romney com 50,6% contra 48,4% dos votos.
Outro resultado negativo para os democratas veio de Indiana, estado localizado no centro do país, onde Obama havia vencido em 2008 com um ponto de vantagem. O estado, tradicionalmente republicano, apostou em Mitt Romney, que obteve 54,3% dos votos contra 43,8% de Obama.
A elevada taxa de desemprego na Carolina do Norte – acima de 9,5% – eram apontados como um grande desafio para Obama. O estado apresenta níveis econômicos abaixo da média nacional, o que facilitou o discurso de Romney de mudança, focado na geração de empregos e recuperação da economia. Já Indiana tem população majoritariamente branca, menor nível educacional e é mais pobre do que a média dos Estados Unidos. Essas características também ajudaram a impulsionar o discurso republicano de “esperança em um futuro melhor”.
Voto hispânico
Um dos fatores que impulsionaram a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais de terça-feira foi o apoio dos eleitores hispânicos, grupo demográfico que mais cresce nos Estados Unidos. De acordo com pesquisaReuteurs/Ipsos, 66% dos hispânicos votaram alinhados com os democratas, percentual semelhante ao que garantiu a vitória quatro anos atrás.
Um dos fatores que impulsionaram a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais de terça-feira foi o apoio dos eleitores hispânicos, grupo demográfico que mais cresce nos Estados Unidos. De acordo com pesquisaReuteurs/Ipsos, 66% dos hispânicos votaram alinhados com os democratas, percentual semelhante ao que garantiu a vitória quatro anos atrás.
O presidente reeleito fez um grande esforço para cortejar os estimados 24 milhões de potenciais eleitores hispânicos, buscando superar algum descontentamento com suas políticas de imigração. Em setembro, Obama disse que “seu maior fracasso” foi a falta de uma ampla reforma da imigração, apesar de sua administração ter lançado um programa em junho que autoriza jovens imigrantes sem documentos a se candidatarem para trabalhos temporários.

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