Problemas causados a sertanejos por Sistema de Itaparica vira tema de discussão em Audiência pública, na Alepe

          Parlamentares das Comissões de Desenvolvimento Econômico e Turismo e de Negócios Municipais da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizam, nesta terça-feira (18), uma audiência pública sobre o Sistema de Itaparica.

          O objetivo é discutir a realidade da região de Itaparica, tendo em vista a intervenção federal ocorrida com a construção da usina hidrelétrica Luiz Gonzaga, a qual provocou a inundação de uma área de 834 Km², atingindo quase 10,4 mil famílias, das quais mais de 6 mil eram residentes de áreas rurais.

          Três cidades foram completamente submersas e reconstruídas em outros locais, com os nomes de Nova Rodelas (BA), Nova Itacuruba (PE) e Nova Petrolândia (PE). Várias famílias das áreas rurais da borda do Lago foram deslocadas para projetos de reassentamento coordenados pela Chesf, a exemplo do Brígida (Orocó) e Fulgêncio (Santa Maria da Boa Vista). Com a implantação dos projetos, os reassentados passaram a depender de pagamento de indenizações, ao mesmo tempo em que perdiam qualidade de vida e as referências culturais de seus lares antigos, seus padrões de organização social, relações de parentesco e amizades, além de sofrerem alterações de costumes.

          O evento, marcado para o Plenário da Alepe, atende à solicitação da deputada Isabel Cristina (foto) e contará com a presença de prefeitos e presidentes das Câmaras dos municípios de Petrolândia, Jatobá, Itacuruba, Floresta, Belém do São Francisco, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, além dos superintendentes da Chesf, da Codevasf 3ª SR e de trabalhadores rurais e presidentes, diretores e coordenadores da Fetape e do Polo Sindical.

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