Ministro Fernado Bezerra Coelho quer abrir mercado para produção de laranjas no Sertão

          O ministro Fernando Bezerra Coelho assumiu o posto com o desafio de mostrar uma gestão mais eficiente.

          Ele já contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo, para estabelecer critérios de liberação de recursos. “Vamos ter parâmetros técnicos para diminuir o grau de subjetividade na partilha das verbas”, afirma.

          O centro das atenções de Bezerra está no plano de irrigação que pretende implantar em parceria com o setor privado visando aumentar em 200 mil hectares a área irrigada no Brasil, criando novos pólos de produção agrícola no semiárido nordestino.

          Atualmente, há 4.000.000 de hectares irrigados em áreas privadas e mais 400.000 em áreas públicas no país. “Queremos promover a irrigação como instrumento de eficiência na produção agrícola e como instrumento de geração de emprego e renda”, disse Bezerra.

          Foi com esse discurso que ele conseguiu o aval da presidente Dilma para a reestruturação no ministério, com a criação da Secretaria Nacional de Irrigação. A nova estrutura será anunciada pela presidente na segunda-feira (21), em Aracaju - SE, durante o Fórum de Governadores do Nordeste.

          A presidente ficou entusiasmada com o projeto do semiárido e gostou da solução apresentada – as parcerias público-privadas. A primeira parceria do gênero já está em implantação em Petrolina, no Vale do Rio São Francisco.

          Trata-se do Projeto Pontal, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e Parnaíba, que prevê a formação de uma área irrigável de 7.700 hectares para a produção de frutas.

          A área, junto ao rio São Francisco, seria ancorada por uma grande empresa que compraria a produção de pequenos produtores. É esse o modelo que o ministro quer ver nos outros projetos. O primeiro deve ser licitado até o fim do ano e os demais a cada seis meses.

Na segunda-feira (14), ele esteve em Araraquara, interior paulista, para apresentar o projeto à Fundecitrus - entidade que reúne produtores de suco de laranja do País - estimulando-os a levar a produção da fruta para regiões do semiárido nordestino, em áreas irrigadas às margens do rio São Francisco.

Em seguida, Bezerra se deslocou para a sede da Cutrale - maior fabricante mundial de suco de laranja - e explicou as vantagens da proposta ao presidente da empresa, José Luis Cutrale.

Além da laranja, o ministro vai procurar fabricantes, como a Coca-Cola e a Pepsico, para oferecer-lhes projetos de produção de água de coco. “Vamos atrás de empresas que possam estruturar uma cadeia de negócios”, conclui.

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