Defesa de Maluf reitera pedido de prisão domiciliar

A defesa de Paulo Maluf (PP-SP) reiterou, hoje, um pedido à Justiça do Distrito Federal para que o deputado cumpra a pena em casa, em razão de "problemas graves de saúde".

No pedido, levado à Vara de Execuções Penais (VEP) de Brasília, os advogados argumentam que, com mais de 80 anos de idade, Maluf não representa risco para a sociedade se deixar a prisão.

Paulo Maluf foi condenado no ano passado a 7 anos e 9 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por lavagem de dinheiro. Em dezembro, se entregou à Polícia Federal em São Paulo e, levado a Brasília, foi alojado numa ala de idosos no presídio da Papuda.

"Há uma justificativa para manter na prisão um cidadão com 86 anos de idade acometido de doenças e que, segundo a acusação, teria praticado um crime há 18 anos e, após isso, não respondeu a nenhum tipo de processo? Ora, se a razão de ser e o ideal da pena é ressocializar e reinserir o cidadão na sociedade de modo que ele não pratique mais crimes, o objetivo estaria plenamente alcançado e satisfeito", diz o pedido da defesa.

Em dezembro, o juiz responsável pela execução da pena, Bruno AieloMacacari, negou um primeiro pedido da defesa, mais urgente, de prisão domiciliar.

Na ocasião, ele levou em conta informações preliminares prestadas pela Papuda sobre a estrutura oferecida no presídio.

Desde então, foram colhidas novas manifestações do presídio, do Instituto Médico Legal (IML) e do Ministério Público sobre as condições de Maluf ficar na Papuda.

Todos os órgãos se manifestaram em favor de manter o deputado na cadeia. O IML, por exemplo, afirma que, mesmo com a doença grave de Maluf, o presídio tem condições de atendê-lo.

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