Promotora de Justiça pede que municípios cumpram seus papéis para desafogar o Hospital Dom Malan

A superlotação vivenciada atualmente pelo Hospital Dom Malan (HDM), localizado em Petrolina-PE, foi um dos principais assuntos abordados durante a audiência sobre os desafios da Rede Interestadual de Saúde do Vale do São Francisco (Rede PEBA). O evento foi realizado na última semana pelo Ministério Público de Pernambuco com mediação da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina, no auditório do SESC.

Durante a reunião foram discutidos assuntos como a necessidade de reimplantação da rede e maior envolvimento dos municípios baianos que compõem a organização, conforme pactuação em 2009. A audiência contou com a participação de deputados estaduais, gestores de saúde dos municípios participantes da rede, diretores de hospitais, representantes das secretarias estaduais de saúde e outras entidades.

Na ocasião, a promotora pública Ana Rúbia reconheceu a superlotação no HDM. “Podemos constatar que a Rede PEBA enfrenta inúmeros desafios, especialmente nas especialidades de ortopedia e ginecologia/obstetrícia. Isso em razão dos municípios baianos que compõem a rede não estarem cumprindo a pactuação feita em 2009. Mas, do lado pernambucano também nem tudo são flores, pois os municípios também não fazem o seu dever de casa. A atenção básica ainda é muito deficiente, principalmente no que diz respeito à atenção materno/infantil. Poucos são os municípios que tem maternidades funcionamento regularmente”, analisou, lembrando que o HDM foi concebido apenas para partos de alto risco.

Em seguida, a promotora anunciou que felizmente os municípios estão interessados em contribuir. “Os dois estados têm interesse em rediscutir e reimplementar a Rede PEBA. Para isso, já marcamos uma reunião para o dia 04 de julho, que acontecerá às 8h, na Secretaria Estadual de Saúde, em Recife. O secretário de saúde da Bahia também se comprometeu em reestabelecer pelo menos as cirurgias ortopédicas e fazer funcionar minimamente a parte de oncologia”, disse.

O superintendente do HDM, Etiel Lins, recebeu a notícia com satisfação. “É importante que toda a população saiba das nossas dificuldades, considerando o número de partos que realizamos por mês, que gira em torno de 600. Se há um comprometimento do atendimento é devido a essa superlotação. Então, ficamos felizes de saber que algo está sendo feito para mudar essa realidade”, comentou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário