No Senado: Inicia hoje a análise do processo de impeachment

Impeachment - Senado FederalInterlocutores da presidente Dilma Rousseff já admitem nos bastidores que “só por um milagre” vão conseguir barrar a admissibilidade do processo de impeachment no Senado. Assim, o Planalto já fala em tentar barrar a votação do Senado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Hoje, deve ser instalada a comissão especial que vai analisar o tema. Na sexta-feira última, os blocos partidários do Senado oficializaram os 21 nomes que farão parte da comissão especial. A votação em plenário está prevista para a metade de maio. Se aprovado, Dilma é afastada do cargo.

O presidente do colegiado deve ser o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) e a relatoria deve ficar com Antonio Anastasia (PSDB-MG). Senadores da base questionaram as indicações: Lira já se manifestou a favor do impeachment e Anastasia é do mesmo partido do senador Aécio Neves (MG), apontado pelo PT como interessado no processo.

Judicialização:

Por essa composição, o governo já estuda maneiras de questionar a formação da comissão do impeachment do Senado no STF, alegando vício de procedimento. A alegação de membros do governo e da AGU é que, como PSDB e PMDB seriam beneficiados com o impeachment, isso “contaminaria o andamento do processo de impeachment”.

Nos bastidores, integrantes do Palácio do Planalto classificam como perdida a batalha relacionada à admissibilidade do impeachment no Senado. A votação deve acontecer na segunda semana de maio. Dos 81 senadores, pelo menos 45 são apontados, por membros do próprio governo, como favoráveis ao impedimento da presidente Dilma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário