
De acordo com o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Carlos Fernando dos Santos, esta é uma importante fase, já que se confirma o uso de propina e de um setor específico da Odebrecht para fins de prática criminosa.
Em coletiva, a PF afirma que foi apreendido um material vasto e que se iniciou esta fase a partir da prisão de uma funcionária da Odebrecht, na última semana. Este material comprova a movimentação de valores vultuosos e a atuação direta de executivos do alto escalação da Odebrecht.
Segundo informações da PF, após análise de parte do material apreendido, descortinou-se um esquema de contabilidade paralela no âmbito do Grupo Odebrecht destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas.
O material indicou a realização de entregas de recursos em espécie a terceiros indicados por altos executivos do Grupo Odebrecht nas mais variadas áreas de atuação do conglomerado empresarial. Há indícios concretos de que o Grupo Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos. Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de ativos.
Participam da ação 380 policiais, e serão cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandatos temporários e quatro prisões preventivas.
Em nota divulgada à imprensa nesta terça-feira, a Odebrecht confirma que a Polícia Federal cumpriu hoje mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em escritórios e residências de integrantes em algumas cidades no Brasil. “A empresa tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários”, diz a nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário