
“Cerca de sete milhões de pessoas precisam de assistência humanitária urgente, incluindo mais de dois milhões de refugiados fora das fronteiras (da Síria) e mais de quatro milhões de deslocados dentro do país”, informou Valerie Amos, coordenadora das operações humanitárias da ONU, em coletiva de imprensa no Kuwait.
“Nós fazemos o que podemos, mas não é suficiente”, acrescentou. Ela observou que as Nações Unidas necessitam, apenas para o ano de 2013, de 4,4 bilhões de dólares para a Síria e os países vizinhos, acrescentando: “Nós reunimos até o momento apenas 1,8 bilhão de dólares”.
Valerie Amos ressaltou que 1.000 funcionários das agências da ONU trabalham no terreno, em sua maioria sírios, além de 3.700 funcionários da UNRWA, a agência da ONU para a ajuda aos refugiados palestinos.
“Mas continuamos a enfrentar sérios problemas na obtenção de ajuda para aqueles que mais precisam”, disse, citando os perigos de viajar por zonas de guerra e o fato de os comboios da ONU não poderem passar sem permissão “pelos bloqueios em território sírio”.
A revolta contra o regime de Bashar al-Assad, que se transformou em guerra civil, provocou a morte de mais 110.000 pessoas em dois anos e meio.
No início de setembro, os ministros dos países vizinhos da Síria reunidos em Genebra lançaram um apelo à comunidade internacional por um apoio maciço na forma de ajuda de emergência, especialmente para escolas e infra-estruturas.
De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), existem cerca de 742.000 refugiados sírios no Líbano, 519.000 na Jordânia, 463.000 na Turquia, 186.000 no Iraque e 124.000 no Egito. Fonte: EXAME
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