O adolescente de 12 anos baleado na cabeça durante um protesto nesta segunda-feira (1º), no bairro Cristina, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, teve morte cerebral diagnosticada na manhã desta quinta-feira (4), segundo o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A assessoria da unidade de saúde informou que a família tem a intenção de doar os órgãos.
O suspeito do disparo é um policial militar reformado. Segundo a Polícia Militar (PM), os moradores faziam um protesto para reivindicar melhorias na coleta de lixo da região. Alguns sacos foram retirados das lixeiras e queimados na rua. De acordo com a PM, o policial militar aposentado saiu armado e disparou um tiro, que atingiu a cabeça do jovem.
Segundo a polícia, o suspeito teria atirado porque o adolescente pegou sacos de lixo para se juntar ao protesto. Mas, segundo parentes, o menino não participava do movimento. “Ele falou que ia pra casa da namorada. Minha irmã mandou ir à padaria 24 horas buscar pão pra ela”, disse Maria Doralice, tia da criança.
Um homem disse que foi o primeiro a ver o menino caído na rua. “Quando ele caiu, ele estava com um pedaço de pão na mão. Ele estava mastigando o pão”, contou o vigilante Diego Cordeiro.
O policial militar, de 72 anos, foi preso em casa e levado para a delegacia. Ele assumiu que fez o disparo. “Eu atirei para dispersar e acabou atingindo o elemento”, disse Vandelei Gomes da Fonseca logo após ser preso. Na ocasião, a polícia informou que ele ficaria em uma cela da corporação à disposição da Justiça. - Fonte: G1
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