Ela afirmou que quer 'acertar parafusos' com empresas que tocam a obra.
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A presidente Dilma Rousseff em visita às obras da ferrovia Transnordestina. |
"O que queremos é concluir a ferrovia até o final de 2014 e vamos tomar todas as medidas para que isso aconteça. E não há limite para que isso aconteça, para garantir que aqui saia a grande ferrovia de ligação do Nordeste", afirmou a presidente após visita às obras da Transnordestina.
A Transnordestina terá 1.728 km de extensão e vai cortar parte do Nordeste, ligando a cidade de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), capazes de operar navios de grande porte.
As obras da ferrovia, que começaram em 2006, estão atrasadas. A previsão inicial de conclusão era 2010. A presidente disse que cobrará as empresas para que os trabalhos tenham agilidade.
"Vamos acertar nossos parafusos para que haja uma solução mais rápida porque é de imenso interesse para a região. Uma ferrovia desse porte não existia no Brasil. Só tinha ferrovias de porte no Sul e Sudeste. Com a Transnordestina teremos um eixo de desenvolvimento grande, para transporte de grãos, de minérios. A ferrovia funciona como um caminho de desenvolvimento."
Perguntada sobre se o custo total da ferrovia seria mantido em R$ 5,4 bilhões, a presidente afirmou que não pretende elevar indefinidamente o preço da obra. A previsão inicial era de que o custo fosse de R$ 3 bilhões.
"O governo já fez várias avaliações econômico-financeiras sobre a ferrovia. Não pretendemos ficar elevando indefinidamente o preço dessa ferrovia. A gente sabe que uma ferrovia desse tamanho, dessa dimensão, tem sempre coisas não planejadas que ocorrem, óbvio, mas temos hoje certeza de que nossos orçamentos estão bem próximos da realidade."
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Presidente da Transnordestina estava em reunião com Dilma Rousseff. |
De acordo com o presidente da Transnordestina Logística S.A (TLSA), Tufi Daher Filho, que participou da reunião, Dilma Rousseff questionou sobre o avanço físico da infraestrutura da obra, que, segundo ele, representa 60% de todo o trabalho. "Nós tivemos problemas com desapropriação e licenças ambientais, e nossos próprios problemas. A presidente cobra, com razão, os prazos e cumprimento de metas. E a reunião foi bastante técnica sob esse aspecto. Nós firmamos um acordo e, por parte da Transnordestina, esses prazos serão cumpridos", assegurou.
Segundo Tufi Daher, cerca de 45% da infraestrutura, que é a parte de terraplenagem e construção de bueiros, está pronta. A execução das obras no trecho Salgueiro até Missão Velha (CE) teve início em junho de 2006 e a previsão de término é marcço de 2012. Já o trecho de Eliseu Martins (PI) até o Porto de Suape (PE) começou em fevereiro de 2010 e deve ficar pronto em 2013; de Missão Velha até o Porto de Pecém (CE) será entre no final de 2014.
Orçamento - Também presente na reunião, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, falou que a questão dos aditivos nos contratos não entrou em pauta no encontro. "Nós não discutimos nenhum tema relacionado aos aditivos. Nós tivemos a oportunidade de passar, comentar e avaliar junto à [presidente] Dilma como está o desdobramento das obras nas diversas frentes e todos dentro de uma convicção de que o governo vai trabalhar para que esta obra seja concluída até 2014", disse.
O valor inicial do projeto é R$ 5,42 bilhões. Para os trabalhos da transposição de águas do Rio São Francisco continuarem, que assim como os da Transnordestina estão atrasados, por exemplo, o Governo federal teve que reorganizar contratos com os consórcios responsáveis pelo serviço, o que significou um aditivo de R$ 1,9 bilhão.
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Manifestantes em protesto durante visita da presidente Dilma Rousseff, em Salgueiro. |
O curso começou em 2010 com 115 alunos de 20 municípios de Pernambuco e Bahia. As aulas aconteciam no Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco, em Belém do São Francisco (PE), e na Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde, na cidade homônima.
"Nós só tivemos os dois primeiros semestres de aula. Em 2011, tivemos o terceiro porque nós tiramos dinheiro do nosso bolso e os professores deram as aulas de graça. De repente, o MEC [Ministério da Educação] parou de repassar o dinheiro que já estava previsto do edital para os quatro anos de curso", explicou o estudante Jerson José Souza.
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