Chuvas ficarão abaixo da média no Nordeste brasileiro, diz pesquisa

          O primeiro trimestre de 2012 terá poucas chuvas no Nordeste. Pelo menos é essa a informação do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INMET). As estimativas neste período é que as chuvas ficarão abaixo da média no norte do Nordeste brasileiro.

          A escassez de água pode ser maior que a de 2011.

          A notícia foi dada no final de janeiro, por meio da carta circular nº 26 sobre a previsão de El niño/La niña e a estação de chuva de 2012 para entidades e produtores no semiárido brasileiro.

          Segundo João Gnadlinger, colaborador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), esta irregularidade das chuvas no Nordeste é causada pelos vários fatores que influenciam o clima. Um deles é a anulação dos efeitos do La Niña por causa das águas próximas à costa da América do Sul, anormalmente quentes, o que diminui as chuvas no norte do Nordeste.

          Com os baixos índices de chuva, os agricultores terão que se planejar para conviver com a escassez de água. Reforçar a lógica da convivência com o semiárido e orientar a plantação de cultivos mais resistentes à seca, como o sorgo, a palma e o feijão, e estocar os alimentos para nutrir a família e os animais no período de estiagem são algumas medidas que o Caatinga adota para auxiliar as famílias a conviverem com essa realidade.

          Outra medida de grande importância é estocar também plantas da caatinga, a água das chuvas que virão e cobrar dos órgãos competentes políticas públicas de apoio aos agricultores.

          Embora as previsões de chuva feitas no final de 2011 tenham mudado, segundo a CPTEC/INMET, as temperaturas devem estar dentro da normalidade, no decorrer deste trimestre, na maior parte do Brasil.

          “A nossa torcida é para que a previsão não se confirme, mas, se acontecer, a gente precisa se articular, pois o nosso papel é ajudar as famílias a atravessar esse período difícil de pouca chuva”, declara Paulo Pedro de Carvalho, coordenador geral do Caatinga.

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