Marcha da Maconha, das “Vadias”…Falta o que mais?

Neste último final de semana, o que não faltou foi mobilização “cabeça” pelo País afora. Depois da Marcha da Maconha liberada pelo STF, foi a vez da Marcha das “Vadias”. Isso mesmo: das “Vadias”.

Cerca de mil pessoas saíram às ruas de Brasília (DF) no último sábado (18), segundo estimativas da Polícia Militar, para protestarem pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir da forma como quiserem.

A passeata nasceu em Toronto, no Canadá, em maio. No Brasil, São Paulo e Recife já realizaram edições da marcha. Como se houvesse vadias só nessas duas cidades.

Gente, é preciso muito cuidado para não banalizar assuntos sérios. Violência sexual não está associada apenas ao fato das mulheres andarem com vestidinhos curtos, seminuas ou se utilizando de apetrechos sensuais para estimular o âmago de tarados em potencial.

Se fosse assim, só havia mulheres vítimas de estupros. E sabemos que há muitos casos de garotos nessa lista. Além disso, um movimento que usa um termo desses (“vadias”) para tratar de um tema dessa natureza, já começa escrachado e não tem como ser levado a sério.

A parada gay de São Paulo é um bom exemplo disso. De legítima bandeira de luta, quando foi originado (no final dos anos 90), o movimento está se transformando numa espécie de teatro polichinelo purpurinado. Um mero e bizarro espetáculo que diverte famílias heterossexuais.

Com a Marcha da Maconha não é muito diferente. Todo mundo sabe que nesses movimentos populares, enquanto alguns defendem com lucidez (sem nenhum trocadilho) a legalização da cannabis sativa, outros vão às ruas com o pretexto de fumarem um baseado sem que ninguém possa incomodá-los.

Tudo o que é exagerado, quando se trata de “politicamente correto”, pode acabar se transformando em ridículo. E do jeito que as coisas vão, não vai demorar para aparecer o movimento dos maridos corneados, das ex-mulheres que se sentem ultrajadas por não terem recebido a pensão que sonhavam, das virgens que pretendem se manter assim até os 13 anos…e por aí vai. Há limite para tudo. Até para bom senso. (foto/reprodução internet)

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