A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2010, divulgada, na última semana, pelo Ministério do Trabalho, aponta redução na diferença entre a remuneração média paga a brancos e negros no Brasil. Entretanto, ela continua alta, fechando o ano de 2010 em 46,4%. Em 2009 esse índice era de 47,98%.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a redução se deve ao reajuste real médio (acima da inflação) concedido no ano passado. Trabalhadores brancos tiveram aumento de 2,47%, ante 3,58% dado aos negros e 3,05% aos que se declararam como pardos.
A RAIS identificou que a maior disparidade salarial entre negros e brancos ocorre na faixa de trabalhadores com nível superior completo. O rendimento dos negros representa 69,83% do dos brancos.
Profissionais identificadas como mulheres e negras receberam em 2010 o menor salário médio no Brasil: R$ 944,53, ante R$ 916,30 em 2009. No ano passado, a remuneração média das mulheres pardas foi de R$ 1.001,52; já a das brancas foi de R$ 1.403,67.
A média salarial dos homens em 2010 ficou em R$ 1.891,64 para os brancos, em R$ 1.296,39 para os pardos e em R$ 1.255,72 para os negros. Os dados por raça e cor referem-se apenas a trabalhadores da iniciativa privada, um universo de 35,5 milhões de pessoas.
Ainda de acordo com a RAIS, o Brasil fechou 2010 com 306 mil trabalhadores formais declarados deficientes físicos. O número representa 0,7% do total de 44,1 milhões de trabalhadores formais. Em 2009, eram 288,6. Em 2010, porém, o rendimento médio desses trabalhadores foi superior à media nacional, atingindo R$ 1.922,90 ante R$ 1.742,00.
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