Políticos que tiveram votos invalidados na última eleição por conta da Ficha Limpa comemoraram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (23), de que a aplicação da lei contra candidatos condenados por órgãos colegiados só valerá para as eleições de 2012.
“O dispositivo da Constituição está em português, não está em grego”, afirmou o ex-deputado Jader Barbalho (PMDB - PA), minutos antes de terminar o julgamento do STF. Eleito para o Senado, Jader foi barrado pela Ficha Limpa por ter renunciado, em 2001, ao mandato de senador para escapar de cassação.
Também foram beneficiados pela decisão do Supremo o ex-senador João Capiberibe (PSB - AP) e o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB - PB). Assim como Jader, Capiberibe e Cunha Lima haviam sido barrados pela Ficha Limpa, embora tivessem obtido votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado.
“Não é uma decisão sobre mandatos, mas sobre a Constituição”, afirmou Capiberibe. “Se o STF, como guardião da Constituição, decidisse diferente, seria uma ditadura. Sofremos uma campanha intensa de desqualificação, de desmoralização, que vem de longos anos. A decisão de hoje garante a posse dos mandatos legítimos que o povo do Amapá nos concedeu em 2010”.
Em sua página no Twitter, Cunha Lima se disse “emocionado” e escreveu que “saberá honrar o mandato”. “Louvado seja Deus! Sem palavras para agradecer. Peço desculpas por não poder responder neste instante”, diz.
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