
Carlos Cecílio, que diz ainda não ter decidido em quem votará para governador, evitou tocar no assunto, resumiu-se a dizer que terá uma conversa posterior com Eduardo, mas espera que “o subsídio à Missa não esteja vinculado a este diálogo”. Não há data marcada para a tal audiência, requisitada pelo gestor por intermédio do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra de Coelho (PSB). Cecílio é eleitor de Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB) para deputado federal.
“Estive há 20 dias ou mais no Palácio e tratei sobre a Missa do Vaqueiro. Até hoje, não obtive retorno. É preocupante porque as pessoas já estão procurando hospedagem. Todos os dias, de cada dez telefonemas que a prefeitura recebe, nove são para saber a programação na Secretaria de Cultura”, lamentou o prefeito. “Este ano, não tem programação, não tem financiamento, não tem atração contratada”, acrescentou.
Preocupado com a proximidade do dia 22, quando deverão ter início as festividades que irão até o dia 25, Carlos Cecílio contou ter enviado email ao chefe de Gabinete do governador, Renato Thiebaut, na última quarta-feira, sem resposta até a noite de ontem. Além de tratar da produção da festa, na correspondência eletrônica, ele disse ter registrado a situação “esburacada” da PE-507, que dá acesso ao local. “Hoje (ontem), procurei falar com Gilberto Rodrigues. Estou aguardando retorno, liguei para o deputado Fernando Filho e ele disse que não tinha nenhuma resposta”, contou Cecílio.
Em estado de alerta, a Fundação Padre João Câncio, responsável pela produção do evento, e a administração municipal providenciaram reunião de emergência e fixaram um prazo para aguardar retorno: hoje. Caso não obtenham sucesso, o gestor peemedebista não vê outra alternativa: “Vamos ter que cancelar”. No ano passado, as festividades custaram, segundo Cecílio, R$ 400 mil aos cofres públicos.
A espera por apoio dura desde abril, quando o referido projeto foi protocolado na Fundarpe, “conforme foi solicitado pela instituição”, explicou a presidente da Fundação, Helena Amâncio. “A gente estranha um evento da importância da Missa do Vaqueiro, que chama atenção de pesquisadores de outros países, não estar tendo atenção. Todo ano, a montagem da infraestrutura compete à Empetur e os trabalhos não foram iniciados”, grifou. “São 40 anos. Era nossa intenção estar comemorando em grande estilo”, pontuou Helena.
Aperreada, ela fez um apelo: “O evento expressa nossa história, nossa cultura, a importância que teve o vaqueiro. Eu só queria que tivesse o respeito que merece e que os autores também merecem. No caso, o padre João Câncio, com quem eu fui casada, e Luiz Gonzaga”. (com informações do JC)
Redação do Espaço Notícias - 09 de julho de 2010
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