“A necessidade fala mais alto e a falta de comida em casa me fez sair do isolamento, numa fila só quem corre risco de pegar o vírus só eu, e se não tiver o que comer morre de fome todo mundo lá em casa”, desabafou uma senhora que mora no município de Curaçá-BA.
A agência da Caixa Econômica Federal e Casa Lotérica em Cabrobó, registram grande movimento na manhã desta quinta-feira (16). A maioria absoluta é de pessoas em busca do Auxilio Emergencial pago pelo Governo Federal, a medida tem como objetivo ajudar as famílias brasileiras a se manter no período de pandemia.
As pessoas que estavam nas filas disseram que não há como respeitar o limite mínimo do distanciamento de um para o outro, isso porque a maioria mora longe, saíram de casa cedo e por isso não querem perder a vaga. “Infelizmente é um risco que vamos ter que correr, saí de Orocó e deixei meu filho pequeno em casa”, disse uma dona de casa.
Alguns comerciantes de Cabrobó estão indagando a cerca dos critérios usados pelas autoridades para definir sobre o que pode ou não funcionar, tem deles que há aglomerações de muita gente e nenhuma dessas autoridades se pronuncia. “Eu gostaria que alguém me explicasse porque uma loja pode abrir e outra não, se todos dependem de gente pra se manter e pagar as contas”, disse um comerciante.
Lembrando que todos com quem conversamos são inteiramente a favor da medida de isolamento social, todavia não escondem a decepção com aqueles que usam a pandemia como oportunidade de fazer política. Tanto na agência da Caixa Econômica Federal, quanto na Casa Lotérica em Cabrobó, tinha gente de vários municípios vizinhos. - Fonte - Didi Galvão
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