Guerra contra o Aedes aegypti terá apoio de 750 militares do Exército em Pernambuco

Cerca de 750 militares do Exército Brasileiro vão atuar no combate ao mosquito transmissor da dengue, zica e chicungunha no Estado de Pernambuco. As ações – visitas domiciliares para aplicar larvicida e esclarecer a população sobre os perigos do Aedes aegypti – começam nesta sexta-feira (04) na Região Metropolitana do Recife, com ênfase na capital. A parceria com a Secretaria Estadual de Saúde vai se estender de três a seis meses.

Inicialmente, o Exército vai contar com 200 homens que foram capacitados para o serviço em 2015, pela Secretaria Estadual de Saúde. Eles já atuaram em mobilizações no Recife e na Ilha de Itamaracá, no mês de maio. Os demais militares serão treinados a partir desta sexta-feira (04) em unidades militares localizadas no Recife, São Bento do Una, Garanhuns e Petrolina.

“A capacitação é simples e será feita em um ou dois dias”, informa o general Antônio Eudes Lima da Silva, comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada. Segundo ele, os militares trabalhão em dupla, acompanhando um agente epidemiológico, das 8h às 17h, provavelmente incluindo fins de semana, para vence a guerra contra o mosquito Aedes aegypti.

O secretário de Saúde de Pernambuco, José Iran Costa, informa que a mobilização cobrirá todo o Estado, com prioridade para as 14 cidades do Grande Recife e mais 19 municípios da Zona da Mata, Agreste e Sertão com proliferação do mosquito. O apoio do Exército às ações de combate ao Aedes aegypti foi definido em reunião na sede da Secretaria Estadual de Saúde, no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife, na manhã desta quarta-feira (02).

José Iran Costa disse que o Centro Integrado de Operações do Estado, que atua em situações de emergência, também será acionado para reforçar o monitoramento. “Já temos o Comitê Estadual de Mobilização, formado por mais de 30 instituições. Agora temos o apoio o Exército. Vamos trabalhar todos juntos”, declara.

“Vamos promover uma grande mobilização com a população, as pessoas precisam receber os agentes e ajudar a combater o mosquito porque 95% dos focos estão dentro das residências”, alerta o secretário. Os técnicos envolvidos na força-tarefa deverão se reunir de forma permanente. Participaram da reunião desta quarta-feira (02) os Bombeiros Militares, Polícia Militar de Pernambuco, Defesa Civil e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) emitiram nesta segunda-feira (1º de dezembro) um alerta epidemiológico global sobre infecção por zika, malformações congênitas (como a microcefalia) e síndromes neurológicas. Pernambuco enfrenta um surto de microcefalia, com 646 casos suspeitos e 211 confirmados. 

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