Bastou um empate contra o México, nesta terça-feira, em Fortaleza, para a fase "paz e amor" de Luiz Felipe Scolari na seleção brasileira acabar.
Na entrevista coletiva após o jogo sem gols, o treinador do time nacional mostrou mal-humor, deu respostas monossilábicas e destilou ironia.
Logo no início, ao responder se o time havia caído de produção em relação á estréia contra a Croácia, Felipão fechou a cara e resumiu sua respostas a um "não".
Depois, em outra ocasião, voltou ao tema, para dizer que a equipe, na verdade, evoluiu. "O time jogou melhor do que contra a Croácia, evoluiu 10%. Tem evoluído, pode melhorar mais. Estou satisfeito, feliz com que eu vi", afirmou.
Para justificar o empate, Felipão criticou a visão, segundo ele, da maioria dos brasileiros sobre os adversários da seleção. "Temos mania se achar que os outros não jogam nada. O México jogou como nós, teve quase a mesma posse de bola, quase os mesmos chutes.É um time que sabe jogar."
O tom de irritação aumentou quando o treinador foi questionado sobre a possibilidade de mudanças na equipe para o jogo contra Camarões, na próxima segunda-feira, em Brasília.
"Vocês é que fazem ilações: pensam em a, b ou d.Podem fazer 300 mudanças [no time]. Mas vocês [jornalistas] não podem fazer mudanças no meu pensamento", disse Scolari, para depois chamar para si a responsabilidade. "Se classificar ou não, é problema meu", afirmou.
A ironia ficou para o fim. Depois da última pergunta, Felipão disse ao representante da Fifa que ele queria fazer uma pergunta. E, na verdade, disparou uma afirmação. "Não tem mais pênalti a favor do Brasil. Só criticaram o do Fred", disse. (msn)
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