País tem a pior geração de empregos em 10 anos

Em novembro, o Brasil gerou mais 0,12% de empregos formais, em relação a outubro. Embora o percentual tenha sido o maior nessa comparação mensal, nos últimos três anos, o resultado dos 11 primeiros meses de 2013 é o pior desde 2003.
O saldo entre admissões e dispensas de janeiro a novembro deste ano, de 1.546.999, ficou acima apenas de 2003 (1.116.817). Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o resultado é reflexo da queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. “O crescimento do PIB foi o menor dos últimos anos. O resultado do emprego (de janeiro a novembro) foi proporcional ao PIB”, destacou o ministro, segundo a Agência Brasil.
Entre os oito setores pesquisados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o comércio (mais 103.258 postos) teve o melhor resultado em novembro. Já a indústria de transformação perdeu 34.266 postos com carteira assinada. Devido a motivos sazonais, como o fim da safra de café em Minas Gerais, a agricultura fechou 33.183 postos, se tornando um dos destaques negativos.
Entre as regiões do país, apenas a Centro-Oeste, prejudicada pela sazonalidade da agricultura, teve desempenho negativo em novembro sobre outubro. Em números absolutos, o Nordeste criou 32.454 vagas; o Sul, 25.090; o Sudeste, 3.008; e o Norte, 75.
Foi o último balanço do Caged do ano, já que o resultado de dezembro será divulgado apenas em 2014, para quando Dias espera que mais vagas sejam geradas : “Teremos investimentos em vários setores (em 2014). O anuncio (do leilão do campo) de Libra e da compra dos jatos pelo Ministério da Defesa gerou uma expectativa muito positiva. E já se começa a criar condições de discutir investimentos que vão ser demandados por essas indústrias”, projetou.

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