Chuva provoca alagamentos em ruas e avenidas de Petrolina

Rodoviaria de Petrolina


Rodoviária de Petrolina
Vários pontos da cidade de Petrolina, no Sertão Pernambucano, foram tomados pelas águas das chuvas na tarde de ontem sexta-feira (20). A defesa Civil recebeu em torno de 20 chamados de socorro. Entre os pontos mais afetados da cidade estão os bairros Cacheado, Vila Eulália, Rio Claro, Santa Luzia, São Jorge, Parque Jatobá no trecho próximo a um condomínio. A Avenida Clementino Coelho,  no centro da cidade,  chegou a alagar impedindo o trânsito no local. A Avenida Cardoso de Sá e o Viaduto Barranqueiro também estiveram com níveis elevados de água.

Segundo o Secretário de Segurança Cidadã de Petrolina, Jenivaldo dos Santos, em  muitos trechos há alagamentos e os chamados registrados pela Defesa Civil são principalmente de  casos de alagamentos, rachaduras e arvores caídas. "Mais de 20 agentes da Defesa Civil tem se dividido em três equipes atendendo os casos mais urgentes, desde a retirada de lixo nas bocas de lobo, até mesmo intervenção de drenos com máquinas", explica Santos.

Muitas ocorrências foram registradas pela Defesa Civil nos últimos oito dias por moradores da Vila Eulália. A principal ocorrência é alagamento de ruas e casas. De acordo com o secretário de Infraestrutura de Petrolina, Ricardo Rocha, o loteamento foi construído no terreno de uma lagoa, com córregos naturais.

"Se as ruas fossem construídas em posição horizontal subindo para a Avenida Sete de Setembro, a água da chuva escorreria naturalmente. O problema é que foi tudo construído na vertical, e a água que antes passava pelos terrenos baldios, agora invade as casas", explica Rocha.

Na sexta-feira (13) quando ocorreu a primeira chuva forte, foi preciso abrir um bueiro da rede de esgoto da Compesa para que a água da chuva escoasse. Com a continuidade das precipitações nem isso resolve mais o problema. Somente uma grande obra de drenagem solucionaria os alagamentos no bairro. "O sofrimento maior é para os moradores das ruas 13, 14 e 15. A prefeitura ainda não localizou a licença concedida para a construção do loteamento. Se essa licença não foi liberada, o proprietário do loteamento é o responsável pelo alagamento de ruas e casas da Vila Eulália", completou o secretário.

Além de Petrolina foram registradas chuvas em outras cidades do Sertão: Salgueiro, Serrita, Terra Nova e Parnamirim na área Central. No Araripe, foram registradas precipitações em Ibupí, Araripina, Santa Cruz da Venerada, Moreilândia e Cedro. No Sertão do São Francisco chove também em Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande
Ações de socorro nos bairros mais afetados tem sido feitas durante todo o dia. O agente da Defesa Civil, Manoel Medrado inspecionou os bairros Cosme e Damião, Cacheado e Jardim Petrópolis, bairros da zona oeste de Petrolina,  nesta tarde de sexta-feira.  "Deixamos nove lonas em alguns barracos da invasão do Cosme e Damião que são feitos de areia. Deixamos as lonas para impedir que as paredes se dissolvam", relata o agente.

Para a presidente da associação de moradores do bairro Cacheado, Marileide Araújo Pereira, a preocupação é com a fragilidade dos mais de 600 barracos da comunidade. "Graças a Deus não teve nenhuma queda, apenas uma parede cedeu em um dos barracos. Estamos com medo dos barracos desabarem com as chuvas e as famílias ficarem desabrigadas. Tem bastante água e muita lama", argumenta.

Manoel Sabino de Araújo, 32 anos, morador da Rua 01 do bairro Cacheado. Ele vive numa casa alvenaria, mas relata que no seu entono onde existem vários barracos a situação é arriscada. "O meu bairro está bastante alagado. Na frente da minha casa tem um canal que vem da escola IF Sertão, e se a chuva permanecer tem risco de ele transbordar. Com as chuvas, além da lama, as fossas estão estouradas", argumenta.

Para esta sexta (20) foi marcada uma reunião entre os secretários de infraestrutura, planejamento e obras na Prefeitura de Petrolina. A proposta é distribuir tarefas, dentro das atribuições de cada secretaria para resolver com agilidade as questões de alagamento, desabamento e outros problemas provocados pela chuva. (G1)

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