Definitivamente, a classe médica não aprovou a ideia da presidente Dilma Rousseff, que trará médicos estrangeiros para atuar na rede pública brasileira. A insatisfação deles é tão grande que haverá reunião nesta quarta-feira, em São Paulo, para definir uma manifestação ou até paralisação das atividades contra a medida.
A reunião desta quarta-feira é organizada pela Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. Simplesmente os pesos-pesados do setor. Todos unânimes em apontar os erros da decisão de Dilma e com uma série de críticas na ponta da língua.
“Não concordamos com essa proposta de importação. Há médicos no Brasil para dar conta do serviço. Não há estrutura para que o médico atue”, diz o presidente do Sindicato dos Médicos de Santos, Álvaro Norberto.
Ele diz que nenhuma Unidade Básica de Saúde (UBS) da região respeita os critérios de estrutura que a Organização Mundial de Saúde (OMS) pede. E conta um caso que evidencia o tamanho do buraco.
“Há uma vaga para médico no Amapá. R$ 12 mil de salário. Bom, né? Mas ao chegar lá, você precisa sair da capital Macapá e pegar um barco que te leva em 1h30 até o postinho de saúde na comunidade indígena. Se alguém fica doente lá, o médico bota a pessoa na canoa e leva 1h30 pra levar o paciente até um hospital com estrutura em Macapá. Não é fácil”.
Do outro lado da moeda, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebate as acusações e garante que o Governo só convocará médicos estrangeiros caso as vagas em áreas carentes não sejam preenchidas por profissionais brasileiros. E os profissionais de fora só terão autorização para atuar nessas localidades. - Fonte: A Tribuna
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