Depois do pronunciamento à nação em que prometeu ouvir “a voz das ruas”, a presidente Dilma Rousseff abriu sua agenda no Palácio do Planalto para movimentos sociais, governadores e prefeitos já nesta segunda-feira (24).
Segundo assessores da presidente, a primeira audiência, provavelmente às 14h, será com representantes do Movimento Passe Livre, de São Paulo, o grupo que deflagrou os primeiros protestos em São Paulo, reunindo inicialmente menos de mil pessoas na avenida Paulista, mas que desaguou no movimento que levou mais de um milhão de brasileiros às ruas, na última quinta (20).
O convite para um encontro no Palácio do Planalto foi feito e aceito, mas o horário da audiência ainda depende do deslocamento de São Paulo para Brasília dos líderes do MPL. Em seguida, às 16h, a presidente vai receber os governadores e prefeitos de capitais para com eles discutir um plano de mobilidade abrangente.
O governo está convencido de que o que deflagrou a onda de protestos em todo o país foi a questão urbana – a qualidade de vida das pessoas nas grandes cidades. No governo, há a convicção de que a vida das pessoas está ruim por conta de questões como transporte público, saúde e educação, apesar, segundo governistas, de ter havido melhora nos últimos anos.
Aberta ao diálogo
A preocupação da presidente Dilma, neste primeiro instante após o pronunciamento no qual reconheceu queixas da sociedade, é mostrar que seu governo está aberto para dialogar tanto com movimentos sociais quanto com representantes de outras esferas de poder, como governadores e prefeitos; e também com representantes dos outros dois poderes da República, o Judiciário e o Legislativo.
Até aqui, foi muito forte a crítica ao isolamento da presidente, à falta de diálogo com setores organizados da sociedade e também a seu estilo de dialogar e de tomar decisões. (Fonte: Bastidores da Política/Cristiana Lôbo/G1)
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