Pesquisa aponta que seca deixou a cesta básica mais cara no Nordeste

A grave seca do Nordeste já provoca impactos no bolso das famílias da região. No mês passado, a cesta básica do Recife teve o maior aumento entre as 18 principais cidades do Brasil, uma subida de 8,35%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A questão é que as outras cidades com os maiores aumentos são todas nordestinas – Fortaleza (7,22%), João Pessoa (7,11%) e Natal (5,09%). A pesquisa do Dieese, divulgada ontem, mostra o custo financeiro da seca na mesa das famílias, com um dado curioso e preocupante: já falta até mandioca para fazer farinha, um dos símbolos da culinária regional, o que obrigou produtores nordestinos a buscar a raiz em outras regiões, encarecendo a cesta básica.
O levantamento do Dieese mostra que, em fevereiro, os maiores aumentos foram de 56% no tomate, 15% na farinha e 6,53% no feijão.
No caso da farinha, o Dieese calcula o consumo médio das famílias da região em 3 quilos por mês. No Recife, para comprar esses 3 quilos as famílias gastaram R$ 14,55 em janeiro, um valor que saltou para R$ 18,74 em fevereiro. Se o aumento já parece muito de um mês para outro, quando se compara o valor com o de um ano atrás é que se percebe o peso da alta: os mesmos 3 quilos de farinha saíam por R$ 7,20.
 O feijão, cujo consumo médio das famílias é de 4,5 quilos por mês e o preço foi de R$ 24,21 em janeiro para R$ 25,79 no mês passado, contra R$ 22,41 há um ano. As informações são do NE10.

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