Durante três horas, o delegado respondeu às perguntas do promotor Rodrigo Merli, responsável pela acusação, detalhando a ligação entre Mizael e o vigilante Evandro Bezerra Silva, acusado de ter sido cúmplice do crime e tê-lo ajudado na fuga. Ainda de acordo com Olim, o ex-PM e o vigia passaram o dia do crime no “encalço” da vítima, se falaram 16 vezes por telefone, e rodearam a região da casa dos avós de Mércia, onde ela foi vista pela última vez antes de morrer.
Olim também negou, em vários momentos, que Evandro tenha sofrido tortura para confessar sua participação. “Não vejo nenhuma tortura psicológica (na forma como foi conduzido o interrogatório), e o depoimento foi perante um advogado da Ordem (dos Advogados do Brasil, OAB)”, disse.
Para tentar demonstrar que não houve tortura, a acusação exibiu um vídeo em que Evandro relata ao delegado Antonio de Olim que sabia das intenções de Mizael. “(O ex-PM) Falava que ia matar ela. (…) Eu falei pra ele não fazer isso: ‘você vai ser o suspeito, é ex-marido (na verdade, ex-namorado) dela”, disse Evandro ao delegado, em vídeo exibido aos jurados. “‘(Mizael disse a Evandro) Vai acontecer esse final de semana e você vai me pegar lá’”, revelou Evandro, ainda no mesmo vídeo exibido.
Após a exibição de cerca de 12 minutos de depoimento, o juiz Leandro Bittencourt Cano interrompeu a transmissão do material, lembrando que a acusação poderá exibir mídias em outra ocasião do júri, que não o depoimento da testemunha. - Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário