A mãe do presidente, Elena Frías, chorava apoiada ao caixão, ao som do hino nacional da Venezuela.
O governo determinou sete dias de luto oficial. Os meios de transporte não vão cobrar passagem até sábado (9), segundo a TV estatal. O corpo vai para a Academia Militar de Caracas, em cujo saguão será velado.
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, disse que o país vai convocar eleições dentro de 30 dias. O vice-presidente, Nicolás Maduro, vai permanecer interinamente no poder.
Ele não deixou claro se isso significava que seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se ela seria convocada nesse período.
A Constituição da Venezuela prevê que, no caso de morte (falta absoluta) do presidente, o governo seja assumido pelo presidente da Assembleia, o também governista Diosdado Cabello, mas há outras interpretações.
Aguarda-se que o Tribunal Supremo de Justiça, principal corte venezuelana, se pronuncie sobre o tema.
Cenário eleitoral
O cenário mais provável da eleição é que Nicolás Maduro seja o candidato do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, chavista) e que Henrique Capriles seja o candidato das oposições. Uma recente pesquisa de opinião mostrou Maduro com ampla liderança sobre Capriles, em parte porque ele recebeu a “bênção” de Chávez como seu herdeiro.
É provável ainda que ele se beneficie da comoção nacional provocada pela agonia e morte do presidente. Maduro tem sido um aliado próximo de Chávez há anos e seria muito pouco provável que fizesse grandes mudanças políticas.
Alguns têm sugerido que ele poderia tentar aliviar as tensões com investidores e o governo dos EUA, embora, horas antes da morte de Chávez, Maduro tenha afirmado que os “imperialistas” inimigos tinha infectado o presidente com o câncer como parte de uma série de conspirações com os adversários internos. Dois adidos militares americanos foram expulsos pelo governo acusados de “conspiração”.
Uma vitória de Capriles traria profundas mudanças à Venezuela e seria bem recebida por grupos empresariais e investidores estrangeiros, embora seja provável que ele agisse de forma cautelosa para reduzir o risco de violência e instabilidade política. Capriles, em sua primeira manifestação após a morte de Chávez, manteve um tom conciliador. Maduro também falou em “união pelo futuro da pátria”. (Fonte: G1/com agências internacionais)
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