O projeto, orçado em R$ 1 bilhão, segundo o Ministério da Integração, prevê a construção de um canal de 250 quilômetros de extensão entre Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, até Arapiraca, na região Agreste.
“Nós iremos sistematicamente fazendo mais trechos. Esses agora [trechos 3 e 4] estamos assegurando e garantindo. O dinheiro está previsto no PAC e, sem dúvida, essa obra, como diz o governador, vai ‘desembestar’ daqui para frente”, afirmou durante discurso.
A água que vem do Rio São Francisco deve melhorar a vida de agricultores e criadores de animais que sofrem as consequências da seca. Como é o caso de Ailton Vieira Delgado.
Ossadas de três vacas que morreram há poucos dias ainda estão na propriedade dele em Olho D’ Água do Casado. Nos últimos meses, ele já perdeu 17 animais.
Com os barreiros secos e sem condições de comprar ração, Ailton teme que a vaca craúna tenha o mesmo fim. “O ano passado eu cheguei a tirar 370 litros e esse verão eu tirei 19″, lamenta Ailton Delgado.
A ajuda chegou ao armazém da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na cidade de Santana do Ipanema. São 780 toneladas de milho para ração animal disponíveis para os produtores rurais do Sertão.
O produto é subsidiado pelo Governo Federal e está a venda por um preço equivalente a 30 por cento do valor de mercado.
“A Conab foi autorizada a comprar mais 300 mil toneladas de milho para abastecer todo o Nordeste. Até julho de 2013 nós vamos ter milho para atender a demanda”.
A seca prolongada também afeta a produção agrícola. Sem água, o agricultor João Lucena não consegue plantar. “Todo ano eu planto 4 ou 5 sacos de milho. Esse ano não plantei nada”, diz.
Cícero de Barros de Souza também mora no sertão e não passa mais por esta dificuldade. Na propriedade dele, o sorgo, planta parecida com um pé de milho, e a cana-de-açúcar crescem verdinhos. A palma forrageira também foi plantada há poucos dias. O plantio é irrigado e a água está disponível há menos de 20 metros no canal de concreto chamado de Canal do Sertão. - Fonte: G1
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