Estudo da SAE mostra que, nos últimos
dez anos, 35 milhões de brasileiros ascenderam à classe média – que já
soma mais de 100 milhões de pessoas no Brasil, mais da metade da
população brasileira. A expectativa da Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República é que a classe média continue
crescendo nos próximos anos, chegando a 57% de toda a população
brasileira em 2022. Atualmente, ela representa 53% da população do país.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos
considera classe média famílias “com baixa probabilidade de passarem a
ser pobres no futuro próximo”, com renda per capita entre R$ 291 e R$
1.019 por mês.
Segundo os critérios da secretaria, quem
vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. A comissão
responsável pelos parâmetros reconhece que o valor é baixo, mas afirma
que a renda familiar por pessoa de mais da metade da população é
inferior a R$ 440 por mês. São consideradas pobres famílias com renda
per capita inferior a R$ 291 por mês.
“O crescimento da classe média
brasileira foi resultado de um crescimento com redução da desigualdade.
Se tivéssemos tido o mesmo crescimento, sem redução das desigualdades, a
classe média teria crescido apenas 5 pontos percentuais. Deste modo,
dois terços [66%] do avanço da classe média [nos últimos dez anos] se
deve à redução das desigualdades”, informou o secretário de Assuntos
Estratégicos do órgão, Ricardo Paes de Barros.
O secretário disse que também subiu, nos
últimos anos, a chamada “classe alta”, mas não na mesma intensidade da
classe média. “A gente tirou mais pessoas da classe baixa [para a classe
média] do que aumentou a classe alta. A classe média continua
ascendendo. Parte dela foi promovida à classe alta, e esse processo vai
continuar ao longo da próxima década”.
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