Projeto São Francisco intensifica trabalhos de salvamento de bens arqueológicos

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O Projeto de Integração do Rio São Francisco também é responsável pela identificação e catalogação de vestígios históricos encontrados ao longo dos 477 quilômetros de extensão dos dois canais. A iniciativa faz parte do Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos e representa o trabalho de busca por respostas sobre a passagem do homem pela terra.
Com equipe composta por técnicos, arqueólogos e paleontólogos, o Instituto Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do Semiárido – INAPAS, responsável pela execução do programa, percorre toda a obra acompanhando áreas a serem trabalhadas. Realizada em etapas, a ação consiste em identificar, catalogar e buscar as coordenadas geográficas de onde o material arqueológico ou paleontológico foi localizado, para que as peças sejam removidas e destinadas ao Museu do Homem Americano, no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI).
 De acordo com o arqueólogo, Carlos Lima, os trabalhos de resgate e identificação de peças de cerâmica confirmam a presença de povos primitivos com conhecimento de técnicas agrícolas. “Costumamos falar que todos os utensílios que o homem moderno possui em casa, os povos primitivos também tinham, mas eram produzidos de outra maneira, com argila e pedra. Em muitas peças conseguimos identificar inclusive adereços decorativos”, disse.
De 2010 até o momento, o Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos registrou 450 sítios arqueológicos na área diretamente afetada e também na área indiretamente afetada nos dois eixos do projeto.

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