PF investiga "taxa eleitoral" cobrada por milícias

Curiosos junto ao prédio do comitê da campanha de Falcon: bandidos encapuzados, armados de fuzis, invadiram o lugar e executaram o presidente da Portela - Alexandre Cassiano

 Ações são um problema de ‘segurança pública’ no Rio, diz coordenador da fiscalização

O Globo - Vera Araújo e Marcelo Remígio

O coordenador da Fiscalização Eleitoral do estado do Rio, juiz Marcello Rubioli, determinou que a Polícia Federal investigue a cobrança da “taxa eleitoral”, criada pelas milícias para que candidatos façam campanha em seus domínios, como O GLOBO revelou nesta quarta-feira. Embora o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) soubesse da denúncia, tendo tratado do assunto com as polícias Federal e Civil em reuniões sobre a segurança nas eleições, a investigação não foi adiante. A taxa, segundo políticos e moradores, varia de R$ 15 mil a 120 mil.

— O TRE não conseguiu avançar nas investigações com a riqueza de detalhes que o jornal apurou. Sabíamos da existência da taxa eleitoral, mas ficamos de mãos atadas. O que estava dentro do nosso alcance, fizemos. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, requisitou a presença das Forças Armadas para dar segurança durante o pleito — disse Rubioli — A ação das milícias é uma afronta à política de segurança pública.

O magistrado explicou que há uma interação entre o TRE e os órgãos de segurança, inclusive no mapeamento das regiões onde a ação das Forças Armadas são necessárias em apoio à Polícia Militar na capital, cidades da Baixada Fluminense, São Gonçalo e Campos. Rubioli explicou ainda que, como os milicianos cobram dos políticos uma taxa para fazer propaganda em seus redutos, o crime praticado é de extorsão:

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